segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Senil





phedé- alexandre cabanel





Numa outrora morrerei
Agora, demasiada tristeza.
Ei de provar! Dentro de teu âmago
A mais pura sutileza do estrago

Trago em mim um nó garganta adentro
Dentro de uma taça, uma tempestade de rancores
Dentro de ti, melhor morrer!
Exaltando um breve equivoco de amantes

Parafraseando uma usura de dialetos brutos
Até onde vai tua frieza, morrerei assim
Uma jovem, velha, desguarnecida
Maika R.

Um comentário:

  1. Quão subjetivo o pensamento, a construção cognitiva diária, que relaciona tudo de novo, diferente, que vemos, e tranforma, retransforma tudo novamente. Pois bem, ao ler teu poema, que inclusive é dos meus favoritos entre os teus, relembro cenas de uma leitura, de uma moça, triste ao olhar-se no espelho, passado alguns anos de sua vida desprovida de libido, e é consumida por uma suma tristeza de achar-se usufruída mais pelo tempo que por outrens à própria espécie. Enfim, um prazer para mim, tanto ler vosso poema despertador, inspirador, quanto relembrar saborosa leitura instrutiva.

    Um carinhoso Abraço.

    ResponderExcluir