Tragédias e Triunfos - Maika Rosseau
Ainda não satisfeita, montarei nesse cavalo e se a culpa me assombrar, farei amor com ela também...
quarta-feira, 2 de maio de 2018
sexta-feira, 20 de abril de 2018
A Prévia De Uma Visão Já Edificada
O
corpo dói
A
carne estremece e chora
A
tristeza que antecede a injúria
É
a previa de uma visão já edificada
O
céu mostra nossa desgraça
E
em meu quintal vejo meu corpo flutuante
Como
poderia o vento me levar
Se
ainda tenho peso e as gramas ainda não se foram
Desperto
dentre as noites solitárias-
Cheias
de silêncios vibrantes
E
nesse negro silencio minha mente ferve
Existe
alguém dentro de mim que grita
A
besta fala em outro idioma, a compreendo
Ela
diz que o céu caíra e eu não mais sentirei dor
Quando
encher os pulmões não sentirei dor
E
ao esvazia-los sentirei a inercia que busco
M.Rosseau
sábado, 3 de março de 2018
O Renascimento
Monalisa-Da Vinci |
Apareces-te
de uma mesma forma a qual sumistes
De
um espanto visível meu coração
Encheu-se
de esperança
Aquela
à qual tanto declarava-se perdida
Avinhes-te
para pôr em tua lança
Uma
ponta cega, pois depois –
De
lançada a dor seria pior do que
Se
houvera atravessado meu peito
Depois
de saborear-se de uma carne já conhecida
A
lança trincou-se em uma realidade estupenda
Cravou-se
em meu peito e não mais saiu
Agora
a dor liberta se fazia crua
Liberto-me
de ti
Pois,
a lança ainda está aqui
E
recorda-me das dores causadas por quem a lançara
E
o objeto quebrado, agora junta os cacos
sábado, 27 de janeiro de 2018
O Triunfo
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
Dedicado Alcorão do Romance
Bouguereau |
Dedicado alcorão
do romance
Quero que em ti meu amor predomine
Predomine em mim a instância de um eflúvio atordoado
Travando em mim tuas profecias que perfuram meu ventre
Pequenas agulhas voadoras doem mais que uma flecha lançada
Pequenas gotas de amor doem mais que um mar de ódio
Tua rejeição de longe era uma profecia
Teu amor de perto, bem pertinho era um mito
Quero que em ti meu amor predomine
Predomine em mim a instância de um eflúvio atordoado
Travando em mim tuas profecias que perfuram meu ventre
Pequenas agulhas voadoras doem mais que uma flecha lançada
Pequenas gotas de amor doem mais que um mar de ódio
Tua rejeição de longe era uma profecia
Teu amor de perto, bem pertinho era um mito
Dedicado alcorão
do romance
Quero que de mim este amor se retire
Saia, antes que a vida me abandone e reste apenas o nada
Destrave tuas queixas e mentiras distorcidas
Amor que de nada serve além do nome
Gotas de veneno, eis de me curar com tempo
Rejeição esta que me disponho a apartar
Amor este que em Roma fora um enigma
Quero que de mim este amor se retire
Saia, antes que a vida me abandone e reste apenas o nada
Destrave tuas queixas e mentiras distorcidas
Amor que de nada serve além do nome
Gotas de veneno, eis de me curar com tempo
Rejeição esta que me disponho a apartar
Amor este que em Roma fora um enigma
M.Rosseau
A falha tentativa é clara, esperança mentirosa...
afrodite-bouguereau |
Minha abstinência
é firme
Me quer com insistência
Declara o quanto
sou frágil
O quão débil eu
sou
Recordo-me de um
passado presente
Onde meu desejo
por evita-lo –
Era negro e
persistente
A falha tentativa
é clara, esperança mentirosa
Árdua é a beleza
de um todo sentido
A fantasia que
tenho de ti
Instigue toda
uma possibilidade
Pois, bem sei
que a realidade não finge
Já não escrevo
como antes
Minhas palavras
já parecem conformadas
Ainda não
desistentes, porém
Ainda dou-me uma
pausa para o recomeço
M.Rosseau
domingo, 26 de novembro de 2017
XXVII / VI
autor não encontrado |
Dediquei-me
a ti como num impressionismo-
Banhado
de toda uma carga de óleo
Pensei-
Ele fora feito para mim
Como
numa escultura encomendada
Como
numa literatura traçada de rubores
Aquela
em que o amor-
É
assassinado numa pagina já conhecida
Grande
nicho revertemos
E
num grande final foi percebido
Que
apenas meu amor era vivido
Existia
aquela esperança sorrateira
Aquela
que deixa uma alumbre nos olhos
Forjei
minha força ambígua
Na
tentativa de desintegrar o feito
Tão
doce, nobre homem
Você
ainda me deve um adeus
Como
dois irmãos gêmeos
Que
se desconhecem frente a frente
O
verso de teus lábios não li
Porém,
a tua ausência me fora de grande utilidade
M.Rosseau
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
XXVII / V
Nedtrum |
Meu
amor, estar só agora é tão péssimo-
Quanto
estar só com você
Estavas
aqui e agora não mais
Eu
chorei aqui e agora muito mais
Chorei
por que não escolhemos quem amar, certo?
Equívoco
de amantes, pois eu elegi você
Escolhi
a tua melhor parte
A
parte que me tocava, adiante
Mais
além do que podia ver, tocar
Vi
incluso você chorar, fora um espasmo
Numa
tentativa má ilusa de te acalmar
Você
regrediu, rejeitou o teu amor!
Quem
eras tu afinal?
Era
uma fortaleza impenetrável,
Sensível
demasiado, aliás
Meu
incomodo fora expressivo e chocante
Fui
do desconhecido ao extremo desconhecido
Não
vi nem uma lasquinha de quem fora tu
Mas,
vi desde aqui que eras para mim
E
hoje dentro dessa prisão vejo a ti como minha cela
M.
Rosseau
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
XXVII/IV
Courbet_Landscape |
Desci de minha estima
Como uma folha cai de seu galho levemente,
Deixando-se levar por uma dança atemporal
Que afeta minha solidão aguda
Quem deveras saber de minha dor
Não sabe a quem o diabo ousou visitar
Pus todas minhas rosas sobre ti
E esse perfume de longe vi retroceder
Te quis com temor, ao fim
Toda a razão que pusera em mim
Ousou ressaltar a verdade
E a verdade nunca mentirá
E tu nunca mais me procurou
Houve o medo e repúdio
Até onde vai nosso labor, onde
Quem espera no fim por um bálsamo
M.Rosseau
terça-feira, 26 de setembro de 2017
XXVII / III
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