domingo, 26 de novembro de 2017

XXVII / VI



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Dediquei-me a ti como num impressionismo-
Banhado de toda uma carga de óleo
Pensei- Ele fora feito para mim
Como numa escultura encomendada

Como numa literatura traçada de rubores
Aquela em que o amor-
É assassinado numa pagina já conhecida
Grande nicho revertemos

E num grande final foi percebido
Que apenas meu amor era vivido
Existia aquela esperança sorrateira
Aquela que deixa uma alumbre nos olhos

Forjei minha força ambígua
Na tentativa de desintegrar o feito
Tão doce, nobre homem
Você ainda me deve um adeus

Como dois irmãos gêmeos
Que se desconhecem frente a frente
O verso de teus lábios não li
Porém, a tua ausência me fora de grande utilidade


M.Rosseau

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