sábado, 2 de agosto de 2014

O que eu comi de você






Everett-Opheli




O que eu bebi de você
Foram as gotas salgadas de suor
As gotas que de tão salgadas
Deram-me mais sede de amor

O que eu comi de você
Foram as partes mais carnosas
E que de tão macias
Me dividi em sete bocas

O que eu toquei de você
Foram as costas grandiosas
Que de tão ansiosa
Me escondi de maliciosa

O que eu meti em você
Foram as garras de amor
Que de tão afiadas
Você fugiu de tanto rancor

O que eu senti de você
Foram as fugas planejadas
E que de tanta vergonha
Não te mais busquei desesperada

M. Rosseau

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Quando se come (A Mulher!)

Melanconia olio su tela 60x40  



Essas mulheres comem as palavras
Outras comem olhares
Essa bem ao seu lado come teu porte
E você, simplesmente as come!

Deixa-se ser comida, seria o auge do desejo
O ser feio tampouco seria o homem
Que de tanto meter o pau onde não lhe convém
Exala seu peito depravador pelos cantos

É gentil o embargue da sedução
Algumas vezes se dança, outras são por telepatia
E a maioria lorota do que se atrai
É uma infame jogada de tapar o que se está aberto

Molhar o que se está seco
Esvaziar o que se está cheio
Encher o que se está vazio
Esfregar quando se está frio

E esfriar o que demasiado te inquieta
A mulher fácil de ser comida
É difícil de comer seu amor
Você sofre e chora, enquanto

Ela ri e enche a vagina
E você deseja e morre de fome
A mulher fácil comida é solitária
Caminha deflagrada, dona de si

A mulher bem comida, não te ama
Não te escolhe como macho alfa
Não enche seu peito de glória
Nem goza na tua cara

Simplesmente te olha e descarta

M. Rosseau