sexta-feira, 24 de outubro de 2014

. Por que uma boa morte não tem história







Helpless a child-Luca palazzi




Sente-se que a vida já não te dá nada
Talvez não deva dar
Talvez nossa vontade fora de menos
E o sabor da vitória refletisse em um bafo quente

Estado de uma fracassada
Fracassa em tudo
Deita-se, dorme-se e se desperta para mofar
Em cima da labuta a qual carrega na mente

Que esplendor, meu Deus
Derrama teu jogo em mim
E as cartas ainda nas mangas
Serão todas carbonizadas por meu conceito

Sejamos fiéis as obras dos grandes
Grandes por natureza são achados de si mesmo
Achei em mim à guerra
De um final certo e de imortalidade incerta

Legendária sem causas, histórias...
Francamente desejo à morte
Surda, muda... Cega...
Por que uma boa morte nao tem história

M.Rosseau( Numa Fossa)











terça-feira, 14 de outubro de 2014

Do silêncio o fiel




Vereda-oleo sobre tela de M.Rosseau 50x60

Como não querer-te
Se antes de querer a ti
Eu quis a mim mesmo
Amei-me como a mãe ao filho

Confiei meu tormento
As fracas bondades
Fiz de meu sono o lamento
Do silêncio o fiel amadurecimento

E a semente ainda dentro do fruto
Imaginando não estar em lugar algum
E estando mais longe que as estrelas
Desejei muito mais que querer-te

A labuta por tua eternidade
Pois, quem mais seria eu
Se não o único ser que respira
Pelo mesmo ar que o teu

M.Rosseau

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Não reza, mata!




dino valls



Homem incompleto
Completo por sí só
Perpetúa o pior
Sem controle ao frio

Germina infértil
Produz o tédio
Que numa outrora
Brilha vil

Senhor dos perfeitos giros
Das formas inexactas
Quem te oferece essa linha
Come o diabo na estrada

Se o jogo canibal
Reina a quem come santo
De joelhos reza
Com vontade de comer
O tal espírito santo

Fica quieto
Agitado sentindo
Usufruindo do melasma
Quem sente dor da gente
Não reza, mata!


M.Rosseau


XXI




 
Gustav-Klimt-

Perpetúa o meu amor
Pai, dono dos meus galhos
Submisso da própria grandeza
Eres afonico, dotado de frieza

Se das migalhas vivo
Mendigando o teu olhar
Fixando tua segurança
E que desde criança não sei suportar

Me humilho de menos
Dou-te assim pouca luz?
Não beijei teus pés sujos de lama?
Ou fui fiel demais a tí pai

Hoje adulta
Liderando quem me governa
Serei eu filha da fraqueza
Filha da frieza
Igual a tí pai

M.Rosseau

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

La presa...




La  Presa- Walter A Verdú

Me pones en tus garras
Como la eterna muerte
Sin uno, sin nadie
Son las palabras de quien ataca

Tan rápido, me llena de amor
Con lo olor de quien ya he amado
En esta mirada siento de lejos tu hambre
El hambre de quien juega cruel

Si ahora tú te vas
Si ahora tu amor te has felino
De quien seria la culpa de mi muerte
Si no de las colores de tu mentira

Y esta presa moriría dramática
Mirando su asesino
Que viene así amando su muerte
Deseando un rato de tiempo en lo infierno

M. Rosseau