Punhal de Carne !




Anonimo


Turbulento sentimentalismo de carne
Algo oval e majestoso
Sou o reflexo de Aurora, de Maria e de Anita
Sou o que te devora

Sou as plenas faculdades da senhora
Sou lapidável
Sou paixão adaptada aos erros
Sou quase nada

Eis de mim pura maldade
Cruel e límpida sou tua verdade
Embora minta
Sou tua necessidade
Sou teu lado covarde

Maika R.





E o céu cai, e os encantos adormecem.
As canções de amor são rejeitadas
As crenças são diagnosticadas como psicose
As coisas que digo são como tosse

Secreções de algo verde como folhas, celulose
O verde, não vermelho, as artérias rompem-se
O sangue coagula e as facetas de algo egocêntrico se chamará FALSIFICAÇÃO
Uma frase longa pra um caos pequeno

Vamos respirar mais do que podemos
Encher os pulmões e torna-los rarefeitos
Persuasão de bolotas de carne
Essa é nossa idade, a idade do sol

Já não queimamos mais
Nem explosões terrestres nos damos ao luxo
Vamos esperar nosso umbigo cair
Como se cai a lágrima da despedida

Maika R.




Odd Netrum




Um âmago e um crânio rachado
Assim que o derrame e sangrias de rios acontecem
 Sentasse na nobreza de uma flor
E depois de plana, ela estará dentro de um livro
Para sempre, para sempre

Desgraçada e misericordiosa essas tumultuam auras
Banham-se em clamor e estadias
São elas suas próprias moradias
Saborosas e cruéis
Belezas de passagens cilíndricas

São quatro pensamentos de morrer
São quatro, os cavaleiros do deserto
São quatro as estações de rio
São quatro os anos que tu tem de vida.

Maika R.


Odd Netrum-dying_couple




Minhas carnes tremem
Minha coxa, embaixo do olho
Meu antebraço treme também
Ignoro minhas veias

Estendidas gritam pela graça
Oh! Senhor da boa circulação
Não rompa meus vasos
Nem mate metade de mim

Aorta de meu peito morre
As saturações e infâmias estremecem o leito
É como comer sem arrotar
Dentro de mim sinto algo male feito

Apenas o efeito do que foi feito
A desgraça planejada e causada
Regras de viver sem regras
Agora, vivo como se fosse morrer a qualquer momento

Maika R.



 Prigione di lacrime olio su tela 40x60- Roberto ferri



Saindo a rua me deparo com tu, ó amada
Debruçada ao chão agonizando, sem mais respiração
Corro rente ao teu corpo, mole, moldável
Como uma boneca, te ponho em meus braços
E ouço de ti teus últimos suspiros
Vejo-te, o ultimo olhar já sem brilho
Fui tua ultima imagem antes de partirdes
Fui teu ultimo tocar antes de partirdes
Fui teu único ninho antes de partirdes
Em tua cabeça mole, esquivava para o lado
Teus olhos abertos, fixos em um nada
Agora teu ver se ergue em vácuo
Minha tristeza se ergue, meu coração já não palpita
Agora, ele estremece
Não vate, volte ao meu ego
Traga-me ausência, mas, não aquela eterna
Quero saudades, mas não aquela perpetua
Quero teu toque, mas aquele correspondido
Quero esse teu olhar, mas não esse fixo
Quero teu corpo, mas não este submisso
Minha alma entorpece minhas entranhas
E chora dores de morte
Morro junto a ti, entrego-me a retumbante egoísta
Retumbante mesquinha, que te levou de mim
Dor que me mantem triste a todo momento sugerido pelo mesmo
Dilato meu ver em tua face ilusória
E só o que me resta são visões e estimas por ti

Maika Rosseau






Apocalipse- Maika Rosseau.


Ânus e pênis perfeitos
Retratos de misérias e defeitos
Olhos cerrados e dormentes
Protestos de um acaso presente

Vagina e seios fartos
Linha reta, um caminho ao paraíso
Ilusão e promessa, um sexo permanente
Uma filtração de orgasmos

Leite, filhos das fezes
Uma renovação que nos alimenta
Mentir entre pernas
Esbanjar vaidade entre bulhões

Os gemidos que ofertam o abate
Matador de anseios e receios
Matador de dor
Mata, dor!

Maika R.




Quadro de Odd nertrum- Miorium



Necrófilo anônimo, eis de ser o projeto de enferma leveza
Pegas teu lado maldito e descavas sepulcros de tuas sedutoras
Fardadas com vestes de morrer, assim que tu as deseja
Frias, comestíveis e inatas, eis um corpo imóvel
Em tua mente algo excitante, algumas íris de cor
Outras, nem tanto
Tu as molda aos teus parâmetros e teus enganos
Feições cadavéricas e ofuscantes, eis de ser tua mente excitante
Tenebrosa essa tua ânsia, implícita nas olheiras
Arriando-as noite a fora, numa gaveta secreta
Em teu ver prontas para o abate, prontas para a cravada de morte
Morte sedutora, enverniza as faces das moças
Janelas do mundo externo, uma lança aguda
Crava nelas e as enterra e desenterra
Carne podre e uma penetração confusa
As tranque e as coma... canse...

 -Maika Rosseau



Skull With Cigarette, 2007 [inspirado na pintura de Van Gogh] - Com 200 000 maços de tabaco, a mesma quantidade de americanos que morrem devido ao fumo dos cigarros a cada seis meses.




Esvoaça a nicotina rente ao amor que me traga
Declinando em mim, o charme de instantes tragados
Traga-me para teus pulmões cheios de vida
Traga-me para um lugar incendiado

Dois dedos a segurar o trago
Levando o desejo erguido aos lábios
Sugando a vitalidade da chama
É assim que a vida clama

Satisfação e pensamentos aguçados
Sensação de liberdade
Sentimentos extraordinários
É assim que me sinto com o cigarro

Sinto-o como droga potente
Estando louco, faz-me ciente
Esôfago de falsa fumaça
Assim como os insetos esvoaça

Maika Rosseau



caravaggio_narcissus





Uma estranha no reflexo
Não reconheço esta que em meu espelho
Pendura sua face e seu corpo culposo
E na noite que se incendeia
A lua esbanja seu fogo sigiloso

Estranha no espelho, é ela que vejo
As cores da ausência perturbantes
São as mesmas estranhas na escuridão
Que buscam em imagem
O seu alimento, a face do medo

És essa mulher com pênis extravagante
Um seio farto e barba feita
És aquela de longos cabelos
E ombros largos
És aquelas de sobrancelhas fortes
E silhueta definida

És a estranha que me habita rente ao espelho
És o batom vermelho de mãos cálidas
E as cobras negras perfuram suas covas
Querem descobrir quem essa tal estranha é
Um curva e um abismo

Maika Rosseau




Quadro de Pablo Picasso- Guernica.


Dedicado alcorão do romance
Quero que em ti meu amor predomine
Predomine em mim a instância de um eflúvio atordoado
Travando em mim tuas profecias que perfuram meu ventre

Pequenas agulhas voadoras doem mais que uma flecha lançada
Pequenas gotas de amor doem mais que um mar de ódio
Tua rejeição de longe era uma profecia
Teu amor de perto, bem pertinho era um mito

Dedicado alcorão do romance
Quero que de mim este amor se retire
Saia, antes que a vida me abandone e reste apenas o nada
Destrave tuas queixas e mentiras distorcidas

Amor que de nada serve além do nome
Gotas de veneno, eis de me curar com tempo
Rejeição esta que me disponho a apartar
Amor este que em Roma fora um enigma.

Maika Rosseau- dedicado ao meu grande amor.




Les Vieilles or Time and the Old Women by Francisco Goya, 1810-1812



Na esquina, me encanta a velhice
Encolhida espremendo seu vértice
Vincula um descanso de tempos
Percorre linhas a esmo, envelhecendo a cada momento
Distancia a pá do pé
Do pó de gatos mortos e resguardados
Que velhice inspiradora
Olhar ralo e esmurrado
Pequenos passos
Pequena distancia
Envelhecendo o concreto
O concreto sabe de toda a historia

Por –Maika Rosseau



Quadro de- Roberto Ferri, Dall'Inferno olio su tela 80x80



Mãos atacando seu fôlego
Olhos explodidos de medo, olhos explodindo de anseio
Sátiras de melancolia, exalando seu último sopro
Folga de si mesmo, amor nebuloso

Imaginário, ciente entorpece seu alento
Agonizando em plena planta morta
Estira sua mão em sinal de salvação
Sinta o fim, o limite do chão

Estique sua feição e mostre seu amor
Mostre seu carinho explodindo sua laringe
Mostre e tire dela toda dor
Mate-a, sendo dela, um bom feitor

Estranha grandeza esta que explode e estima
Amantes cruéis e mórbidos
Amam a dor do amado
E os clamam e íntima

Num amor declarado, deseja ver seu interior
Numa súplica por sentido, deseja sua alma
O vento cobre seus sussurros
E em meio à discórdia, ele a arreta

Maika Rosseau


William-Adolphe_Bouguereau_(1825-1905)_-_La_Nuit_(1883)


 Entranhas estas que me assombram
Cavidade esta que expande minha dor
Cavidade essa a qual me debrucei e formei meu ninho
Coube-me como uma concha, um feto encolhido em desmontes

Cobre-me com tuas asas chatas e longos
E em cada espinho que nela se prender
Usarei de meu conforto para exterminar teu desconforto
Fortemente e extraordinariamente belas, estas tuas penas

Teu canto soprado quase inalcançável
Atravessa minha mente e deixa nela teu sopro
Soprando o vento leva-te
Ainda pequena e sem penas vejo-te partir

Quando no próximo inverno minhas vestes surgirem
Voarei alto, em pleno vento sul
Irei buscar meu salvador
Irei buscar meu Amor

Maika Rosseau




Quadro de - Adolph William Bourgoreau 


Já cansei de chorar e não amanhecer
Se já havia dito a tu
Que  és cada batimentos que pulsa minhas veias
Já cansei de chorar e não anoitecer
Pois é na noite onde todos os dias, eu morro.
Morro por ti

Oh! bactéria que decompõe meu corpo já sem vida!
Eis de ser minha vida, minha morte.
És o medo que tenho da noite
És o ardor do sol durante o meio-dia

És meu pesadelo
És minhas tripas a se romper
És o sangue a brotar dos meios
És o diabo disfarçado
És de mim a lealdade posta a prova
ÉS ardores e distúrbios dos intestinos nervosos

Maika Rosseau







Quadro de -salvador dali



Uma ausência presente
Faz-me cair, cair e cair
Esse teu jeito de amar
Não nos sustenta

Mostrasse-me a dor e a cor dela
Cravasse em mim tua saudade
Derrubastes em mim a via láctea

Essa gordura esbanjada do leite
Preenche nosso vácuo
Preenche a ausência

Maika Rosseau




Quadro de- Odd Netrum


Dei-te fogo
E tu? o que me destes?
Nada mais que áreia
Essa é minha busca
Buscar pelo fogo
Nesse teu deserto artico
Cheios de cristais brilhantes
porem, ainda sim um vacuo

Maika Rosseau






Quadro de- Odd Netrum


Perversão e persuasão
Eis os monstros sexuais
Que penumbram minha vagina
Eis as mãos que abrem minhas pernas
És a naja que me perfura
És o veneno que percorre meu sangue
És o barro intestinal que meu ânus expulsa

Maika Rosseau



Quadro de- Odd netrun


 
Resguarde-me
Diz-me o motivo de todo esse desprezo
Perante tantas bolotas de carne
Me rotule como filha do diabo
E satã a de prover esta residência
O filho cardeal da dor
Quebrou-se de descontentamento e angustia
E apenas para teu deleite, mate-o
Mate-o como se mata um leitão
E assim que o matar
Jogue-o no bosque
E deixe que os carniceiros façam o resto
Furem seus olhos e comam sua tripas
Deliciem-se com a carne maldita
A carne podre
A qual tantas mentiras foram gravadas em tua epiderme

Maika Rosseau



       

Quadro de-modigliani-jeanne-hebuterne


A fechadura fechou-se
Numa dura suplica de orgasmos
Suplicas de morte
Suplica por papeis
A qual pusera a atuar
Vejo vestígios de tinta
Frase tola
Frase muda
Assim se disperçou o mudo
O surdo e o cego com sua suplica de medo

 Maika Rosseua






Quadro de Pablo Picasso- Cabeza de mujer muerta


A música que salta de teu órgão
Provoca em mim uma angustia
Aquela que sentimos quando a malvada nos visita
Dentro de mim arde a loucura
E teu timbre me penumbra
Perturba meus tímpanos e os explode
Mas, quero que tu explodas em mim.
Teus ardores musicais
E faça de mim tua serva
E apenas me toque como tu toca teu respeito
Tu és a obra mais perfeita que os timbres já esculpiram
És a musica mais chocante da minha leveza
És o azul anil que pinta meus olhos
És de mim, a única certeza.

Maika Rosseau


Quadro de- Odd Netrum

E é de fezes que a vida é posta a prova
Um sabor medonho e ralo
Dei-me atenção
E eu não mais defecarei em tua alma
Ama-me, assim como amo a ti
O acervo triste de fossas
Tristes são os distúrbios constantes do intestino
Faça-me um profundo buraco
E eu não mais ei de defecar em tuas vestes

Maika Rosseau




Quadro de Pablo Picasso


Os vestígios percorreram minhas entranhas
O fluxo sanguíneo  surgiu de minha vagina
Uma vagina doce e amarga
Uma vagina dual
A impureza, uma estranha desafortunada
Decorre em mim, um rio
Um rio de sangue e bolotas de carne
Essa é minha dança
Balanço=me com a carne crua
Essa estranha que teima em escorrer por entre minhas pernas
Estou morrendo! Morte seca!
Desprovida de satã
Satã és um botão
Corte-o fino caule
E assim beberá seu sangue
E antes de começar o ciclo
Elabore a seiva
Pois, ela há de ser um tanto bruta.

Maika Rosseau



Quadro de- Gustave Coubet-Castle of Bloney


Um consenso, desprovido de grandeza
Lateja em plena peleja
Veste-se com a manta do calvário
Que o despiu a beira do penhasco
Aquela tua estranha grandeza

Uma ausência necessária, porém
Não desprovida de todo mal
Lateja em plena peleja
Esse é o mal
Provém de todo a simetria

A angustia desprotegida
Da igualdade assimétrica
Que explora a fase de uma face
Que atinge o topo
E apodrece com facilidade
                                                                                                            Maika Rosseau



Quadro de : Roberto Ferri- Peccato

Aquele teu violino, produz o som da morte.
Aquele teu timbre me causa ânsia
A tua melodia de cansa
Tuas notas calculadas me atraem para bem dentro do bosque
E lá, com teu arco afiado.
Afinas teu violino
Queres meu coração
Mas, ele já fora arrancado.
Tua canção não mais me atrai
Sou dispersa e cautelosa
Mata-me por inteiro e não apenas o coração
 Pois, assim seria uma morte incompleta.

Maika Rosseau





Quadro de: Charles August Megin (1853-1933) -Sapho



O negro que afetou meu viver
Desmancha-se em manchas
Manchas quase que obscuras
Um buraco negro de regalias e insatisfação
Deixe viver a agonia da morte!
Agonia perpétua
Perpétua não há mais de ser eterna
Pois, eu morrerei depois de sentir tal agonia.
Não jantarei em tua mesa
E nem desfrutarei de teu vinho
Apenas deixe-me vivo por alguns minutos
Quero que a maldita toque-me a alma
Alma que agora se desvaira ao relento
Diga-me o que fazer?
Se não há mais nada a ser feito
Apenas cave
Trabalhe na minha eterna moradia

Maika Rosseau




Quadro de-Dino Valls- Lerbier


Meu olfato apurado
Senti o exalo de tua pele
Meu tato toca tua epiderme
Por onde se emana o odor
E tua arrogância sempre visível
Explode minha débil
Não tente enxergar
Apenas sinta meus suspiros te ofegar
Narciso, ama-me por inteiro
O inteiro que tua visão convém
Convém-te o cego, te convém o cinza
Embaço do teu olhar
Que não deixa me enxergar
Enxerga-me com amor
Enxergue-me em tuas plenas faculdades
Exploda teu ver em meu corpo

Maika Rosseau
  


                                                                              Quadro de-Williem Van Mieris- Window

Teu parlatório confunde minha Débil Nau

Pois, o sinistro que afetou meu nascer
Agora se inverte em coisas comuns
O pecado entes de ser excesso de regalias
Eram a autenticação de nossas alegrias
O cume de ousadias não há mais de ser a retórica de Satã
Aponte o pecado e ele a apontará como fiel a ele
Erga as mãos para o céu e exale um excelente parlatório
E convença os anjos a explodirem as trombetas
Exale o inferno e a lava se tornará pedra
Essa pedra que será jogada em sua cabeça
Que fará do teu sangue um motivo para a terra girar



Maika Rosseau



Singin Women- Odd Nertrum

Morrer é um ato solitário
Morre-se só
A essência da morte é a solidão
O morto partiu sozinho
Os vivos ficam sozinhos ao perdê-lo
Resta saudade e recordação
As coisas aparecem e desaparecem
Animais começam e acabam
Só o homem vive e morre
Só a morte é para o humano
Faz sentido
Quanto ao destino não sei
Não temos medo da morte
O real medo
È de vivermos Sós

Maika Rosseau



-Quadro de-Odd Nerdrum


Mais perto de mim
Agora, mais perto que nunca
Ele me pede pra parar
Olhos infortúnios e grandes
Transbordam horrores de ódio
Canta baixinho a melódia da morte
Minha morte
Tardia e crente
Ouço o som da morte
Não ouço nada
Esse é o problema
Essa é a última chance de parar
Sou culpada
Mande-me embora
Já fui embora tarde demais
Tão tarde que depois de velha
ninguém chorou a minha morte

                                                                                                                             Maika Rosseau


Quadro de-Frida kahlo

Nostalgia
Maika Rosseau

Espelho, passagem do tempo.
Reflete minha alma nova, minha alma velha.
Tempo, determina o prazo, vida, morte
Minha ânsia tem receio
Bisturi, transforma a vaidade de uns
E destrói os sonhos de outros, e as vezes constrói
Minha massa não sessa
Minha massa não sai
Meu corpo luta com o molde, para ser moldado pela luxuria
Abrace-me, me deixe, me ame, se queixe
Minha massa não é o que tu procuras, tu queres meu amor
Mas minha obsessão vaidosa me faz pensar
Pensar que não sou boa o suficiente para ti
Abrace-me como um bebê, me faça nascer de novo e de novo se for preciso
Quero ser perfeita para tua perfeição perpétua
Torne-me imortal pela minha ação e o tornarei imortal em meu coração
Deixe-me aqui chorando perante o espelho que quebra e me dá sete anos de dor
Sou eu que te amo por inteiro, você me têm num balanço
Onde o amor balança
Tem momentos que está bem alto
E outros meus pés tocam o chão
Quase querendo parar.
Quadro de: Jean jacques Henner- Solitude



Findar

Se choro é por que sou atriz
Se não mudo, é por que sou imutável.
Se sou amável é por que agrado
Se sou tu, somos um
Se te desprezo, pois é, é por que te amo.
Se às vezes sou calado e sofro angustiada
Pois é, mais uma vez, eu te amo.
Se minto e finjo ser quem sou, é por que o medo da não aceitação
Reina em meu olhar
Se vou a loucura com teus braços quentes e fortes,
Se consigo sentir a sensação mais louca do mundo
Se choro quando brigamos e acho graça suas maracotaias
É por que mais uma louca vez, eu te amo.
Amo-te com a maior intensidade do mundo
E falo serio quando digo que na minha vida são apenas teus
Lábios que tanto espero e desejo.
Sinto muito se não sou perfeita, e a perfeição pra mim esta longe de chegar.
Mas espero sempre suprir tuas necessidades, e superar medos...
Amo-te e não desminto nada do que falei.

Maika Rosseau



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