Anonimo |
Turbulento sentimentalismo de carne
Algo
oval e majestoso
Sou
o reflexo de Aurora, de Maria e de Anita
Sou
o que te devora
Sou
as plenas faculdades da senhora
Sou
lapidável
Sou
paixão adaptada aos erros
Sou
quase nada
Eis
de mim pura maldade
Cruel
e límpida sou tua verdade
Embora
minta
Sou
tua necessidade
Sou
teu lado covarde
Maika
R.
E
o céu cai, e os encantos adormecem.
As
canções de amor são rejeitadas
As
crenças são diagnosticadas como psicose
As
coisas que digo são como tosse
Secreções
de algo verde como folhas, celulose
O
verde, não vermelho, as artérias rompem-se
O
sangue coagula e as facetas de algo egocêntrico se chamará FALSIFICAÇÃO
Uma
frase longa pra um caos pequeno
Vamos
respirar mais do que podemos
Encher
os pulmões e torna-los rarefeitos
Persuasão
de bolotas de carne
Essa
é nossa idade, a idade do sol
Já
não queimamos mais
Nem
explosões terrestres nos damos ao luxo
Vamos
esperar nosso umbigo cair
Como
se cai a lágrima da despedida
Maika
R.
Odd Netrum |
Um
âmago e um crânio rachado
Assim
que o derrame e sangrias de rios acontecem
Sentasse na nobreza de uma flor
E
depois de plana, ela estará dentro de um livro
Para
sempre, para sempre
Desgraçada
e misericordiosa essas tumultuam auras
Banham-se
em clamor e estadias
São
elas suas próprias moradias
Saborosas
e cruéis
Belezas
de passagens cilíndricas
São
quatro pensamentos de morrer
São
quatro, os cavaleiros do deserto
São
quatro as estações de rio
São
quatro os anos que tu tem de vida.
Maika
R.
Odd Netrum-dying_couple |
Minhas
carnes tremem
Minha
coxa, embaixo do olho
Meu
antebraço treme também
Ignoro
minhas veias
Estendidas
gritam pela graça
Oh!
Senhor da boa circulação
Não
rompa meus vasos
Nem
mate metade de mim
Aorta
de meu peito morre
As
saturações e infâmias estremecem o leito
É
como comer sem arrotar
Dentro
de mim sinto algo male feito
Apenas
o efeito do que foi feito
A
desgraça planejada e causada
Regras
de viver sem regras
Agora,
vivo como se fosse morrer a qualquer momento
Maika
R.
Prigione di lacrime olio su tela 40x60- Roberto ferri
Saindo
a rua me deparo com tu, ó amada
Debruçada
ao chão agonizando, sem mais respiração
Corro
rente ao teu corpo, mole, moldável
Como
uma boneca, te ponho em meus braços
E
ouço de ti teus últimos suspiros
Vejo-te,
o ultimo olhar já sem brilho
Fui
tua ultima imagem antes de partirdes
Fui
teu ultimo tocar antes de partirdes
Fui
teu único ninho antes de partirdes
Em
tua cabeça mole, esquivava para o lado
Teus
olhos abertos, fixos em um nada
Agora
teu ver se ergue em vácuo
Minha
tristeza se ergue, meu coração já não palpita
Agora,
ele estremece
Não
vate, volte ao meu ego
Traga-me
ausência, mas, não aquela eterna
Quero
saudades, mas não aquela perpetua
Quero
teu toque, mas aquele correspondido
Quero
esse teu olhar, mas não esse fixo
Quero
teu corpo, mas não este submisso
Minha
alma entorpece minhas entranhas
E
chora dores de morte
Morro
junto a ti, entrego-me a retumbante egoísta
Retumbante
mesquinha, que te levou de mim
Dor
que me mantem triste a todo momento sugerido pelo mesmo
Dilato
meu ver em tua face ilusória
E
só o que me resta são visões e estimas por ti
Maika
Rosseau
Apocalipse- Maika Rosseau. |
Ânus
e pênis perfeitos
Retratos
de misérias e defeitos
Olhos
cerrados e dormentes
Protestos
de um acaso presente
Vagina
e seios fartos
Linha
reta, um caminho ao paraíso
Ilusão
e promessa, um sexo permanente
Uma
filtração de orgasmos
Leite,
filhos das fezes
Uma
renovação que nos alimenta
Mentir
entre pernas
Esbanjar
vaidade entre bulhões
Os
gemidos que ofertam o abate
Matador
de anseios e receios
Matador
de dor
Mata,
dor!
Maika
R.
Quadro de Odd nertrum- Miorium
Necrófilo anônimo, eis de ser o projeto de enferma
leveza
Pegas teu lado maldito e descavas sepulcros de tuas
sedutoras
Fardadas com vestes de morrer, assim que tu as
deseja
Frias, comestíveis e inatas, eis um corpo imóvel
Em tua mente algo excitante, algumas íris de cor
Outras, nem tanto
Tu as molda aos teus parâmetros e teus enganos
Feições cadavéricas e ofuscantes, eis de ser tua
mente excitante
Tenebrosa essa tua ânsia, implícita nas olheiras
Arriando-as noite a fora, numa gaveta secreta
Em teu ver prontas para o abate, prontas para a
cravada de morte
Morte sedutora, enverniza as faces das moças
Janelas do mundo externo, uma lança aguda
Crava nelas e as enterra e desenterra
Carne podre e uma penetração confusa
As tranque e as coma... canse...
-Maika
Rosseau
Skull With Cigarette, 2007 [inspirado na pintura de Van Gogh] - Com 200 000 maços de tabaco, a mesma quantidade de americanos que morrem devido ao fumo dos cigarros a cada seis meses.
Esvoaça
a nicotina rente ao amor que me traga
Declinando
em mim, o charme de instantes tragados
Traga-me
para teus pulmões cheios de vida
Traga-me
para um lugar incendiado
Dois
dedos a segurar o trago
Levando
o desejo erguido aos lábios
Sugando
a vitalidade da chama
É
assim que a vida clama
Satisfação
e pensamentos aguçados
Sensação
de liberdade
Sentimentos
extraordinários
É
assim que me sinto com o cigarro
Sinto-o
como droga potente
Estando
louco, faz-me ciente
Esôfago
de falsa fumaça
Assim
como os insetos esvoaça
Maika
Rosseau
caravaggio_narcissus
Uma
estranha no reflexo
Não
reconheço esta que em meu espelho
Pendura
sua face e seu corpo culposo
E
na noite que se incendeia
A
lua esbanja seu fogo sigiloso
Estranha
no espelho, é ela que vejo
As
cores da ausência perturbantes
São
as mesmas estranhas na escuridão
Que
buscam em imagem
O
seu alimento, a face do medo
És
essa mulher com pênis extravagante
Um
seio farto e barba feita
És
aquela de longos cabelos
E
ombros largos
És
aquelas de sobrancelhas fortes
E
silhueta definida
És
a estranha que me habita rente ao espelho
És
o batom vermelho de mãos cálidas
E
as cobras negras perfuram suas covas
Querem
descobrir quem essa tal estranha é
Um
curva e um abismo
Maika
Rosseau
Quadro de Pablo Picasso- Guernica.
Dedicado alcorão do romance
Quero que em ti meu amor predomine
Predomine em mim a instância de um eflúvio atordoado
Travando em mim tuas profecias que perfuram meu ventre
Pequenas agulhas voadoras doem mais que uma flecha lançada
Pequenas gotas de amor doem mais que um mar de ódio
Tua rejeição de longe era uma profecia
Teu amor de perto, bem pertinho era um mito
Dedicado alcorão do romance
Quero que de mim este amor se retire
Saia, antes que a vida me abandone e reste apenas o nada
Destrave tuas queixas e mentiras distorcidas
Amor que de nada serve além do nome
Gotas de veneno, eis de me curar com tempo
Rejeição esta que me disponho a apartar
Amor este que em Roma fora um enigma.
Maika Rosseau- dedicado ao meu grande amor.
Quero que de mim este amor se retire
Saia, antes que a vida me abandone e reste apenas o nada
Destrave tuas queixas e mentiras distorcidas
Amor que de nada serve além do nome
Gotas de veneno, eis de me curar com tempo
Rejeição esta que me disponho a apartar
Amor este que em Roma fora um enigma.
Maika Rosseau- dedicado ao meu grande amor.
Les Vieilles or Time and the Old Women by Francisco Goya, 1810-1812
Na
esquina, me encanta a velhice
Encolhida
espremendo seu vértice
Vincula
um descanso de tempos
Percorre
linhas a esmo, envelhecendo a cada momento
Distancia
a pá do pé
Do
pó de gatos mortos e resguardados
Que
velhice inspiradora
Olhar
ralo e esmurrado
Pequenos
passos
Pequena
distancia
Envelhecendo
o concreto
O
concreto sabe de toda a historia
Por
–Maika Rosseau
Quadro de- Roberto Ferri, Dall'Inferno olio su tela 80x80
Mãos
atacando seu fôlego
Olhos
explodidos de medo, olhos explodindo de anseio
Sátiras
de melancolia, exalando seu último sopro
Folga
de si mesmo, amor nebuloso
Imaginário,
ciente entorpece seu alento
Agonizando
em plena planta morta
Estira
sua mão em sinal de salvação
Sinta
o fim, o limite do chão
Estique
sua feição e mostre seu amor
Mostre
seu carinho explodindo sua laringe
Mostre
e tire dela toda dor
Mate-a,
sendo dela, um bom feitor
Estranha
grandeza esta que explode e estima
Amantes
cruéis e mórbidos
Amam
a dor do amado
E
os clamam e íntima
Num
amor declarado, deseja ver seu interior
Numa
súplica por sentido, deseja sua alma
O
vento cobre seus sussurros
E
em meio à discórdia, ele a arreta
Maika
Rosseau
William-Adolphe_Bouguereau_(1825-1905)_-_La_Nuit_(1883)
Entranhas
estas que me assombram
Cavidade
esta que expande minha dor
Cavidade
essa a qual me debrucei e formei meu ninho
Coube-me
como uma concha, um feto encolhido em desmontes
Cobre-me
com tuas asas chatas e longos
E
em cada espinho que nela se prender
Usarei
de meu conforto para exterminar teu desconforto
Fortemente
e extraordinariamente belas, estas tuas penas
Teu
canto soprado quase inalcançável
Atravessa
minha mente e deixa nela teu sopro
Soprando
o vento leva-te
Ainda
pequena e sem penas vejo-te partir
Quando
no próximo inverno minhas vestes surgirem
Voarei
alto, em pleno vento sul
Irei
buscar meu salvador
Irei
buscar meu Amor
Maika
Rosseau
Quadro de - Adolph William Bourgoreau
Já cansei de chorar e não amanhecer
Se já havia dito a tu
Que és cada
batimentos que pulsa minhas veias
Já cansei de chorar e não anoitecer
Pois é na noite onde todos os dias, eu morro.
Morro por ti
Oh! bactéria que decompõe meu corpo já sem vida!
Eis de ser minha vida, minha morte.
És o medo que tenho da noite
És o ardor do sol durante o meio-dia
És meu pesadelo
És minhas tripas a se romper
És o sangue a brotar dos meios
És o diabo disfarçado
És de mim a lealdade posta a prova
ÉS ardores e distúrbios dos intestinos nervosos
Maika Rosseau
Quadro de -salvador dali
Uma ausência presente
Faz-me cair, cair e cair
Esse teu jeito de amar
Não nos sustenta
Mostrasse-me a dor e a cor dela
Cravasse em mim tua saudade
Derrubastes em mim a via láctea
Essa gordura esbanjada do leite
Preenche nosso vácuo
Preenche a ausência
Maika
Rosseau
Quadro de- Odd Netrum
Quadro de- Odd Netrum
Perversão
e persuasão
Eis
os monstros sexuais
Que
penumbram minha vagina
Eis
as mãos que abrem minhas pernas
És
a naja que me perfura
És
o veneno que percorre meu sangue
És
o barro intestinal que meu ânus expulsa
Maika Rosseau
Quadro de- Odd netrun
Resguarde-me
Diz-me o motivo de todo esse desprezo
Perante tantas bolotas de carne
Me rotule como filha do diabo
E satã a de prover esta residência
O filho cardeal da dor
Quebrou-se de descontentamento e angustia
E apenas para teu deleite, mate-o
Mate-o como se mata um leitão
E assim que o matar
Jogue-o no bosque
E deixe que os carniceiros façam o resto
Furem seus olhos e comam sua tripas
Deliciem-se com a carne maldita
A carne podre
A qual tantas mentiras foram gravadas em tua
epiderme
Maika Rosseau
Quadro de-modigliani-jeanne-hebuterne
A fechadura fechou-se
Numa dura suplica de orgasmos
Suplicas de morte
Suplica por papeis
A qual pusera a atuar
Vejo vestígios de tinta
Frase tola
Frase muda
Assim se disperçou o mudo
O surdo e o cego com sua suplica de medo
Maika Rosseua
Quadro de Pablo Picasso- Cabeza de mujer muerta
A música que salta de teu órgão
Provoca em mim uma angustia
Aquela que sentimos quando a malvada nos visita
Dentro de mim arde a loucura
E teu timbre me penumbra
Perturba meus tímpanos e os explode
Mas, quero que tu explodas em mim.
Teus ardores musicais
E faça de mim tua serva
E apenas me toque como tu toca teu respeito
Tu és a obra mais perfeita que os timbres já esculpiram
És a musica mais chocante da minha leveza
És o azul anil que pinta meus olhos
És de mim, a única certeza.
Maika Rosseau
Quadro de- Odd Netrum
E
é de fezes que a vida é posta a prova
Um
sabor medonho e ralo
Dei-me
atenção
E
eu não mais defecarei em tua alma
Ama-me,
assim como amo a ti
O
acervo triste de fossas
Tristes
são os distúrbios constantes do intestino
Faça-me
um profundo buraco
E
eu não mais ei de defecar em tuas vestes
Maika Rosseau
Quadro de Pablo Picasso
Os vestígios percorreram minhas entranhas
O fluxo sanguíneo surgiu de minha vagina
Uma vagina doce e amarga
Uma vagina dual
A impureza, uma estranha desafortunada
Decorre em mim, um rio
Um rio de sangue e bolotas de carne
Essa é minha dança
Balanço=me com a carne crua
Essa estranha que teima em escorrer por entre
minhas pernas
Estou morrendo! Morte seca!
Desprovida de satã
Satã és um botão
Corte-o fino caule
E assim beberá seu sangue
E antes de começar o ciclo
Elabore a seiva
Pois, ela há de ser um tanto bruta.
Os vestígios percorreram minhas entranhas
O fluxo sanguíneo surgiu de minha vagina
Uma vagina doce e amarga
Uma vagina dual
A impureza, uma estranha desafortunada
Decorre em mim, um rio
Um rio de sangue e bolotas de carne
Essa é minha dança
Balanço=me com a carne crua
Essa estranha que teima em escorrer por entre
minhas pernas
Estou morrendo! Morte seca!
Desprovida de satã
Satã és um botão
Corte-o fino caule
E assim beberá seu sangue
E antes de começar o ciclo
Elabore a seiva
Pois, ela há de ser um tanto bruta.
Maika Rosseau
Quadro de- Gustave Coubet-Castle of Bloney
Um
consenso, desprovido de grandeza
Lateja
em plena peleja
Veste-se
com a manta do calvário
Que
o despiu a beira do penhasco
Aquela
tua estranha grandeza
Uma
ausência necessária, porém
Não
desprovida de todo mal
Lateja
em plena peleja
Esse
é o mal
Provém
de todo a simetria
A
angustia desprotegida
Da
igualdade assimétrica
Que
explora a fase de uma face
Que
atinge o topo
E
apodrece com facilidade
Maika Rosseau
Quadro de : Roberto Ferri- Peccato
Aquele
teu violino, produz o som da morte.
Aquele
teu timbre me causa ânsia
A
tua melodia de cansa
Tuas
notas calculadas me atraem para bem dentro do bosque
E
lá, com teu arco afiado.
Afinas
teu violino
Queres
meu coração
Mas,
ele já fora arrancado.
Tua
canção não mais me atrai
Sou
dispersa e cautelosa
Mata-me
por inteiro e não apenas o coração
Pois, assim seria uma morte incompleta.
Maika Rosseau
Quadro de: Charles August Megin (1853-1933) -Sapho
O negro que afetou meu viver
Desmancha-se em manchas
Manchas quase que obscuras
Um buraco negro de regalias e insatisfação
Deixe viver a agonia da morte!
Agonia perpétua
Perpétua não há mais de ser eterna
Pois, eu morrerei depois de sentir tal agonia.
Não jantarei em tua mesa
E nem desfrutarei de teu vinho
Apenas deixe-me vivo por alguns minutos
Quero que a maldita toque-me a alma
Alma que agora se desvaira ao relento
Diga-me o que fazer?
Se não há mais nada a ser feito
Apenas cave
Trabalhe na minha eterna moradia
Maika Rosseau
Quadro de-Dino Valls- Lerbier
Meu olfato apurado
Senti o exalo de tua pele
Meu tato toca tua epiderme
Por onde se emana o odor
E tua arrogância sempre visível
Explode minha débil
Não tente enxergar
Apenas sinta meus suspiros te ofegar
Narciso, ama-me por inteiro
O inteiro que tua visão convém
Convém-te o cego, te convém o cinza
Embaço do teu olhar
Que não deixa me enxergar
Enxerga-me com amor
Enxergue-me em tuas plenas faculdades
Exploda teu ver em meu corpo
Maika Rosseau
Teu parlatório confunde minha Débil Nau
Pois, o sinistro que afetou meu nascer
Agora se inverte em coisas comuns
O pecado entes de ser excesso de regalias
Eram a autenticação de nossas alegrias
O cume de ousadias não há mais de ser a retórica de Satã
Aponte o pecado e ele a apontará como fiel a ele
Erga as mãos para o céu e exale um excelente parlatório
E convença os anjos a explodirem as trombetas
Exale o inferno e a lava se tornará pedra
Essa pedra que será jogada em sua cabeça
Que fará do teu sangue um motivo para a terra girar
Maika Rosseau
Singin Women- Odd Nertrum
Morrer
é um ato solitário
Morre-se
só
A
essência da morte é a solidão
O
morto partiu sozinho
Os
vivos ficam sozinhos ao perdê-lo
Resta
saudade e recordação
As
coisas aparecem e desaparecem
Animais
começam e acabam
Só
o homem vive e morre
Só
a morte é para o humano
Faz
sentido
Quanto
ao destino não sei
Não temos medo da morte
O real medo
È de vivermos Sós
Maika
Rosseau
-Quadro de-Odd Nerdrum
Mais perto de mim
Agora, mais perto que nunca
Ele me pede pra parar
Olhos infortúnios e grandes
Transbordam horrores de ódio
Canta baixinho a melódia da morte
Minha morte
Tardia e crente
Ouço o som da morte
Não ouço nada
Esse é o problema
Essa é a última chance de parar
Sou culpada
Mande-me embora
Já fui embora tarde demais
Tão tarde que depois de velha
ninguém chorou a minha morte
Maika Rosseau
Quadro de-Frida kahlo
Nostalgia
Maika Rosseau
Espelho, passagem do tempo.
Reflete minha alma nova, minha alma velha.
Tempo, determina o prazo, vida, morte
Minha ânsia tem receio
Bisturi, transforma a vaidade de uns
E destrói os sonhos de outros, e as vezes
constrói
Minha massa não sessa
Minha massa não sai
Meu corpo luta com o molde, para ser moldado
pela luxuria
Abrace-me, me deixe, me ame, se queixe
Minha massa não é o que tu procuras, tu
queres meu amor
Mas minha obsessão vaidosa me faz pensar
Pensar que não sou boa o suficiente para ti
Abrace-me como um bebê, me faça nascer de
novo e de novo se for preciso
Quero ser perfeita para tua perfeição perpétua
Torne-me imortal pela minha ação e o tornarei
imortal em meu coração
Deixe-me aqui chorando perante o espelho que
quebra e me dá sete anos de dor
Sou eu que te amo por inteiro, você me têm
num balanço
Onde o amor balança
Tem momentos que está bem alto
E outros meus pés tocam o chão
Quase querendo parar.
Quadro de: Jean jacques Henner- Solitude
Findar
Se
choro é por que sou atriz
Se
não mudo, é por que sou imutável.
Se
sou amável é por que agrado
Se
sou tu, somos um
Se
te desprezo, pois é, é por que te amo.
Se
às vezes sou calado e sofro angustiada
Pois
é, mais uma vez, eu te amo.
Se
minto e finjo ser quem sou, é por que o medo da não aceitação
Reina
em meu olhar
Se
vou a loucura com teus braços quentes e fortes,
Se
consigo sentir a sensação mais louca do mundo
Se
choro quando brigamos e acho graça suas maracotaias
É
por que mais uma louca vez, eu te amo.
Amo-te
com a maior intensidade do mundo
E
falo serio quando digo que na minha vida são apenas teus
Lábios
que tanto espero e desejo.
Sinto
muito se não sou perfeita, e a perfeição pra mim esta longe de chegar.
Mas
espero sempre suprir tuas necessidades, e superar medos...
Amo-te
e não desminto nada do que falei.
Maika Rosseau
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