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| Gustave Coubet |
Diz-me Flor canibal
Que parte de meu ser queres
Diz-me o que essas pétalas enfeitadas
desejam
Chamar-me a loucura desvairada?
Infame teu nécta de fezes que exala o
ardor de um mentiroso
Aquele que perfura nossa alma e sangra
nossa sanidade
Cambaleio rente tua beleza desinibida
Uma mentira comum, e não apurada
Quebrando sempre a mesma seiva
Brutalizando nosso açúcar de tatos
libidinosos
Elaborando nosso amor em plena carcaça
Deixe-me aqui como uma flor sem sair do
lugar
Depois de um tempo deixarei nossos poros
abertos
Para que nossos filhos voem onde não podemos
chegar
De onde muitas vezes não pude gritar
Onde sempre a chuva ousava me afogar
Maika R.
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