sábado, 3 de março de 2012

Era uma vez...


Era uma vez...
Era uma vez eu, você e os outros que caminhávamos em direção à luz, tal luz que doía em nossos olhos mais parecia fogo, chama labaredas que nos davam calor e dor. Foi dai então que eu, você e os outros vimos que não devíamos segui-la mais, pois a dor estava ficando insuportável, decidimos voltar por onde viemos, mas estava escuro, porem eu você e os outros percebemos que não estava escuro e sim estávamos cegos e não sabíamos por onde seguir, foi ai que uma voz indagou furiosamente; -O que você, ele e os outros pensam que estão fazendo, ninguém nunca fugiu da luz antes e não deixarei fugirem, todos devem me seguir ou ficaram cegos para sempre; Mas a voz não percebeu que fora sua luz que nos deixou cegos, mas como enfrentar alguém a qual não vemos? Eu, você e os outros fugimos, pegamos nas mãos e juntos fizemos um ensaio sobre a cegueira e com as mãos apertadas seguimos uns aos outros sem medo do escuro, depois de horas e horas andando encontramos um local seguro a qual vimos com as mãos sua estrutura e nos sentimos aliviados pela voz não nos perturbar mais.
Era uma vez...
Era uma vez o medo que sentíamos, era uma vez a insegurança, era uma vez a luz que machucava, era uma vez a voz que indagava; - Não podem sair do caminho da luz, todos devem me amar! –era uma vez a dúvida, pois o dia amanheceu e descobrimos que não estamos cegos e sim estávamos vendo o que queríamos ver, uma saída para os problemas, dores, amores mal resolvidos, quando a solução é pensar e não se deixar levar por palavras ditas e repetidas á séculos, acreditai-vos em si.


                                                                                       Maika Rosseau

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