sexta-feira, 1 de setembro de 2017

XXVII




Geri gato- Lousi Vernet




Às vezes, só às vezes me perco de pronto
Às vezes me castigo por querer-te tanto
Esse drama que carrego em mim, bonito
Mais parece um delito, tipificado

Hoje me tenho convencida que te quero com insistência
Só penso que no fundo dessa fossa
Levaremos a mesma vestidura de inverno
A qual nunca se anteciparam as horas de outrem

Poderia cometer um delito
Pois, a lua não se alumbrou esta noite
 Te asseguro que não sei passear por este caminho
 Assim, nem como mendigo sabe mendigar um sorriso



Dedico á ti, homem de face lumbre.  Homem que transporta meus desejos mais íntimos em poesias tímidas e agudas. Dedico porque estiveste presente numa fase em que o nosso contraste diferenciava nossas estimas. Te dedico por que eres merecedor de cada palavra, afeto, desejo e raiva. 

                                                                                                              Maika Rosseau




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