sexta-feira, 22 de setembro de 2017

XXVII / II




Dinno Valls



Sinto tua ausência estupenda em mim
Pois, sei que de ti já não receberei nada mais
Além do mundo iluso que me deixas-te
Deste amor ambíguo e imaginário

Queria ver se teu peito late
Se teu estômago dói
Se teu corpo alguma vez clamou pelo meu
Assim como todas as noites retrocedo em mim mesmo

Digo-te que passo noites em claro
Declarando minha abstinência como crime
Me enveneno com tragos e tragos
Na esperança de em algum delírio te ver novamente

Em meu ar hilário, distinto
Acorrento-me diante de tamanha estupidez
Penso comigo, no auge de meu ser
Como fui em um delírio querer a ti

Chega a doer a incerteza de não mais te ver
Devias vir, ver como uma jovem encarna a tragédia
Da forma como os loucos tratam suas loucuras
Como o poeta que tudo compara e de tudo duvida

M.Rosseau
  

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