Caravaggio_-_Taking_of_Christ_-Dublin |
Retirando
de minha alma, o inferno dolente
Dolorosa
e crente beleza carnal
Queres-me
como um carneiro enquadrado
Teus
sentimentos acuados pela negligência
Essa
é tua suposta literatura humana
Escreves
em pedras e esculpe em papeis velhos
Sujos
pela lama que tu trouxesse do vácuo
Sem
nada a dizer apenas lê meus poros
Mentes
quando respira pela epiderme
As
divisões do paladar se unem ao teu tato
E
transborda em mim a luxuria fúnebre
E
mesquinha rente ao odor que exala
Sejas
meu e serei tua sem querer
Deixe
que a negligência te ensine a beijar
Não
ataque o que ainda não é teu
Resguarde
teu ataque para a cama dos amantes
Serei
tua e o vácuo teu
Beberemos
a mesma agua
E
comeremos da mesma terra habitada
O
nicho de merda, é nosso esconderijo
Vamos
para o espaço derreter nossos crânios em frente ao sol
Maika
Rosseau
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